Como analisar aspectos de infravermelho e ultravioleta em seu projeto?

 

Há muitas opções de lâmpadas e luminárias no mercado, mas com tanta oferta de produtos, como escolher uma? Fatores como preço e prazo de entrega são os primeiros a serem observados, mas, será que você está analisando todos os elementos, e assim fazendo a melhor compra? Na hora de criar um projeto luminotécnico diversos fatores devem ser observados como, por exemplo, potência e fluxo luminoso. Você já parou para pensar no nível do Infravermelho (IV) e Ultravioleta (UV) do produto que está comprando?
Vamos entender como isso funciona: fizemos testes em nosso laboratório para explicar a presença de IV e UV nos diferentes modelos. Os testes foram feitos em lâmpadas incandescentes, halógenas, fluorescentes e LEDs. Os espectros a seguir representam os testes para as diferentes fontes de luz. Nesse espectro que vão de 380 a 800 mn, temos a região da luz visivel de 440 á 740 nm,  a parte referente ao IV (acima de 740nm) e ao UV(abaixo de 440mn).
Essas duas partes dos espectros de luz, IV e UV, podem impactar negativamente no bem-estar dos frequentadores do ambiente, como doenças de pele e envelhecimento precoce da pele. Também podem intervir em fatores como deterioração de alimentos, amarelamento de tecidos, queima de peças de couro, etc. Tudo isso se o IV ou UV forem emitidos em grandes quantidades.
Para que você faça uma escolha consciente na hora da compra do seu próximo projeto iremos mostrar as especificidades de cada modelo:

-Lâmpada incadescente: teve sua fabricação interrompida no Brasil desde julho de 2015, esse tipo de lâmpada dissipava muita energia em forma de calor ao invés de luz. Seu funcionamento se deve por meio do aquecimento do filamento de Tungstênio onde é emitida a luz e a maioria do espectro de luz dessa fonte está na faixa do infravermelho.

-Lâmpadas halógenas: similar ao funcionamento das lâmpadas incandescentes, porém com algumas adaptações para melhoria do desempenho, as halógenas usam o gás halogênio para controlar o aumento da temperatura e assim poderem aumentar a eficiência luminosa e vida útil da lâmpada. Por outro lado, o filtro do UV é ainda menor, pois, para suportar altas temperaturas utiliza-se um vidro mais resistente, a base quartzo que não tem a propriedade de filtrar a radiação de ultravioleta.

-Lâmpada fluorescente: gases como o Mercúrio e o Argônio se juntam e conduzem uma descarga elétrica gerada quando ligamos o interruptor, que se juntará com o fósforo situado na face interna do invólucro de vidro da lâmpada e transformará na luz visível. O que muita gente não sabe é que nesses espectros podemos encontrar picos de radiação IV e UV.

– LEDs: O LED é composto por uma mistura luz azul proveniente de um chip Gálio e Nitrogênio (GaN) e de luz amarela da emissão da cobertura de fósforo de Ítrio Alumínio Garnet: Cério (YAG:Ce). Os LEDs produzem luz quando por ele é percorrido a energia elétrica. Observe a figura abaixo, e perceba como os níveis de IV e UV são muito baixos.

Então, a alta radiação de UV e o IV são resultados negativos? Nem sempre, um exemplo é que já existem no mercado LEDs que auxiliam na agricultura por meio do UV e IV, eles aceleram o crescimento de plantas tornado o processo mais ágil.
O ponto chave para a tomada de decisão na hora de escolher a fonte luminosa para seu projeto, é saber observar cada espaço e descobrir qual opção de luminária se encaixa melhor nele. No geral, as outras fontes luminosas são mais prejudiciais ao meio ambiente e a saúde do que os LEDs.
Se você ainda não estava convencido dos benefícios da iluminação LED, temos a certeza que de agora em diante passará a ver com outros olhos.